O trabalho exposto na Bienal do Barro intitula-se Percolatio (do latim filtrar) e corresponde a uma escultura de madeira que se desprende da parede até o chão. Compõe-se de suas cadeiras dispostas frente a frente sobre um tablado antigo e escuro que seguram um lixeiro de madeira de escritório. Por esse lixeiro passa uma treliça de madeira (usada para fechar escrivaninhas) recortada com a silhueta do artista que se desprende da parede, passa pelo lixeiro e escorre pelo tablado. O trabalho dá continuidade a outros trabalhos do artista com mobiliário de escritório, gravuras simétricas e citações a questões ligadas à memória individual e institucional, ao poder e à burocracia.